Kether - introdução básica

É a Sephira primeira, nasce do vácuo escuro dos três véus da não-manifestação.
É o Ser, há quem chame de Deus ou força primordial. Pessoalmente concordo mais com a última pois Kether significa “a Coroa”, e não a cabeça. Esta denominação mostra que não é o rei mas sim a coroa assenta sobre o rei.
Está situada no topo e não está em paralelo com nenhuma outra Sephira, isto mostra a sua pureza e perfeição. Em termos práticos deve-se sempre iniciar os trabalhos esotéricos respeitantes às Sephirots (plural de Sephira) em Kether. Por ser perfeita não acarreta danos ao aprendiz, no entanto a verdadeira essência de kether não pode ser percepcionada por completo pelos seres criados. Costuma ser identificada simbolicamente por um velho de barbas muitas vezes com uma face escura ou com parte escurecida do seu cenário. Esta representação mostra que haverá sempre algo por compreender, sendo impossível ao ser criado percepcionar esta Sephira na sua integralidade.


Todas as Sephiras existem em vários mundos (Atziluth, Briah, Yetzirah, Assiah).
Apesar de Kether ser perfeita também tem manifestações nestes planos:
Em Atziluth manifesta-se como o Espírito Puro, o Ser original; em Briah como mente arquetípica, em Yetzirah como consciência imagística astral; em Assiah como o mundo material nos seus aspectos mais densos e subtis.
Para além destes quatro mundos cada Sephira é governada por uma entidade angélica de determinado Coro Angelical (existem nove coros: Seraphins, Querubins, Tronos, Dominações, Virtudes, Potestades, Arcanjos, Principados, Anjos)
No caso de kether o seu arcanjo é Metatron, o coro angélico é “as criaturas vivas e sagradas” (os nove coros portanto).


Para conhecermos as Sephiras não podemos limitar-nos á leitura, é necessária a prática. Na prática meditativa podemos visualiza-la como uma esfera branca de luz resplandecente. E também é importante sabermos o nome Divino das Sephirots. A pronúncia desse nome invoca a carga energéica da esfera em questão, através da meditação podemos contempla-las e aos poucos entendendo melhor o que são, qual o seu papel e o que representam. Após alguns exercícios perceberemos com mais precisão o que os velhos escritos descrevem. Após um contacto pessoal mais próximo os conceitos abstractos tornam-se progressivamente mais claros e perceptíveis.

Retomando novamente o que é necessário para uma experiência básica:

1- Nome Divino
2- Nome Arcanjo
3- Coro Angélico

Em kether os dados são:
Nome Divino: EHEIEH
Nome Arcanjo: METATRON
Coro Angélico: As criaturas vivas e sagradas


Peço aos mais experientes que me corrijam se estiver errado, pois há pouco tempo me dedico a este tema!
Obrigado.

Revejo cada emanação, ou Sephira como uma regência Divina que pode ser facilmente encontrada na cultura espiritual pagã. Acredito portanto que cada esfera é na verdade uma Divindade na mitologia pagã - só um aparte para aqueles que como eu estão mais familiarizados com o paganismo.

Abraço fraterno,
Gada Hamun!

Um tópico interessante e uma análise interessante.
Só quero acrescentar alguns factos que julgo relevantes:
- A experiência espiritual associada a esta esfera é a união com Deus. Em vários ordens iniciáticas como na Golden Dawn, cada grau iniciático é associado com uma esfera. Na Golden Dawn nenhum membro da ordem atingiu o grau de Ipsissimus (10) associado a Kether, a excepção claro de alguns supostos chefes secretos que davam instruções a ordem a partir do plano astral.
- Kether pode ser associado ao chakra que se situa em cima da cabeça, o chakra coronário.

No site daemon que é um projecto dirigido por iniciados brasileiros como o Del Debbio, podem encontrar informações interessantes sobre a esferas.

Kether:
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